A Saúde Mental precisa de ajuda?
- Helga Cristiana Gonçalves
- 16 de mai. de 2024
- 2 min de leitura

Em 1946 a Organização Mundial de Saúde definiu saúde como “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou enfermidade”.
Ainda persistem estigmas e crenças limitadoras acerca da procura de intervenção psicológica. A verdade é que enquanto seres, humanos em desenvolvimento, somos confrontados com várias exigências no dia-a-dia e fenómenos sociais com alto impacto, que vão deixando (de forma mais ou menos acentuada) marcas na nossa vida.
Legitimamos recorrer à medicina quando a vertente fisiológica e física não está bem, mas quando se trata de dor psicológica adiamos esta procura de ajuda profissional especializada.
Porquê?
A ideia de que ter acompanhamento psicológico é sinal de ‘fraqueza, loucura’, algo mal visto socialmente, passa também pela postura que nós próprios assumimos ao lidar com esta temática.
Há uma sensibilização que deve ser feita, para que se possa atuar ao nível da prevenção e promoção da saúde psicológica, em vez de se intervir unicamente no ciclo agravado de remediação.
Há um crescente número de episódios de ansiedade generalizada, estados depressivos, angústia existencial, quadros de stresse traumático e pós-traumático, cada vez com um grau de gravidade mais acentuados. E agora, o que fazer?
A resposta é: PEDIR AJUDA!
Temos estratégias e respostas para superar situações de crise. Mas desta vez não está a ser tão ‘simples’ mobilizarmos o nosso EU para lidar com a atualidade. Os estímulos desencadeadores de stresse psicológico foram, e continuam a ser, muitos, e de grande magnitude, pelo que desde Março de 2020 a maioria de nós está num esforço acrescido para manter o seu equilíbrio interno e externo.
Então, é importante conhecer os principais sinais de alerta, que traduzem que o seu organismo está a pedir uma ajuda diferenciada e adaptada a esta fase tão exigente a nível psicológico:
Estados depressivos há mais de duas semanas, com tristeza persistente, desânimo, frustração, sentimento de vazio, inutilidade e desvalorização, angústia, desesperança;
a nível de pensamento, o foco está maioritariamente no negativo, dificuldades de concentração e em tomar decisões, alterações da memória, pensamentos recorrentes de culpa e auto-depreciação, e preocupação constante;
a nível comportamental a tendência ao isolamento, perda de interesse pelas atividades do dia-a-dia que habitualmente davam satisfação, evitamento de situações e de conversação;
a nível físico: alterações do sono, alterações de apetite, dores musculares, cansaço, alterações da líbido.
Ansiedade acentuada (para além da normativa em situações desafiadoras), com expressão em sensação de perda de controlo, perceção que “vamos morrer ou enlouquecer”, medo, alerta constante, irritabilidade, agressividade, dificuldades de concentração, discurso interno negativo e contínuo; com expressão física em tensão muscular, dor de cabeça, batimento cardíaco acelerado, suores, náuseas e vómitos, vontade persistente de ir à casa de banho, dificuldade em dormir, sensação de “borboletas no estômago”.
Identifica-se com este enquadramento? Peça ajuda!
Está nas mãos de cada um/a de nós ajudar a enfraquecer o estigma da doença psicológica para que a saúde saia vencedora.
Helga Cristiana Gonçalves
Psicóloga Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses | Terapeuta com PNL | Master Coach | Facilitadora de Cura Reconectiva®️
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