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  • Foto do escritorHelga Cristiana Gonçalves

Saúde Mental - Qual o Caminho da Humanidade? (parte 2)



Qual será o caminho da humanidade?

 

É fundamental a auto-compaixão: aprendermos a olhar para nós com sabedoria, com mais amor, compreensão, aceitação, menos julgamentos e exigências. Cada um de nós é o que é, e é quem é, e é um ser humano ‘perfeito’ com todas as suas forças, e também com as suas fragilidades. Não nos ensinaram na infância a gerir e ultrapassar estados de crise, mas também são os estados de maior fragilidade que nos permitem balizar a nossa auto-superação, com reconhecimento de quem somos.


Proponho o lema-estratégia que adaptei da Psicologia Positiva, Inteligência Emocional e Programação Neurolinguística, com objetivo de gestão emocional:


ACEITAR x ACOLHER x TRANSFORMAR x HONRAR x LIBERTAR


Aceitar: só conseguimos mudar/ultrapassar/vencer o que aceitamos. (se negarmos ou lutarmos contra as emoções, elas aumentam de intensidade).


Acolher: depois de aceitar que nos sentimos tristes, sem ânimo, ... importa integrar esta(s) emoção(ões) no nosso EU, sabendo que é parte de nós, e que não nos define na totalidade. Acolhemos o estado para então podermos dar-lhe a devida atenção. 


Transformar: O que é que esta emoção me está a transmitir? / O que ela significa? / O que realmente sinto ameaçado em mim? – E quando refletimos já estamos no nível da racionalidade, e é então que damos abertura mental e emocional para a eventual mudança. "O que posso retirar como aprendizagem?"


Honrar: diz respeito a nos aceitarmos como somos, o que inclui nossos estados emocionais, caraterísticas de personalidade, forças, pontos fracos, pontos de melhoria. Honrar está intimamente relacionado com a compaixão - valorizarmos o que somos e quem somos.


Libertar: Só depois da aceitação cuidada, que acolhemos sem julgamentos, nos é possível transformar algo em nós. A par deste processo é importante nos valorizarmos - honrarmos o que está a acontecer, e também quem somos. Aí surge o momento de descarga emocional e alívio de toda a tensão provocada. Libertamos o estado aos poucos, sabendo que ele pode voltar (faz parte da natureza humana).


O que aconteceu no passado e o que continua a decorrer na atualidade (consciente ou inconscientemente) podem estar a fazer-se presentes através de memórias, perceções, sintomas físicos, novos padrões comportamentais, pois os dias de hoje vieram revelar as maiores fragilidades do ser humano, a efemeridade, reviver o que mais assusta. Há realidades que se vão manter, outras se reconstruir.


Lembre-se sempre que pedir ajuda é um ato de coragem e sabedoria, quando as estratégias de gestão pessoais já não estão a ser suficientes.


No estudo já citado na revista DECO PROTeste ( que mencionei na reflexão 'Saúde Mental - Qual o Caminho da Humanidade? parte 1'), e analisado pela Psiquiatra Paula Duarte, nos inquiridos que seguiram psicoterapia como intervenção para a sua problemática, a perceção da saúde mental antes da terapia foi classificada com 3,7 e no final da psicoterapia com 7 (escala de 1 a 10, em que 10 é nível máximo de satisfação).


Então, que todos nós, pois a responsabilidade é de todos nós, estejamos atentos/as à nossa saúde física e psicológica, e façamos o nosso melhor na prevenção da alienação pessoal e social.


Ninguém estará 'só' se cada um/a de nós contribuir para isso.

Que cada um/a ao seu ritmo, retome a sua força e equilíbrio, até porque viver é escolher ser o que já faz parte de nós, mesmo que ainda não saibamos totalmente como.


Helga Cristiana Gonçalves

Psicóloga Membro Efetivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses | Terapeuta com PNL | Master Coach | Facilitadora de Cura Reconectiva®️

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